sábado, 17 de julho de 2021

Taiguara - Hoje


 

Hoje

Hoje

Trago em meu corpo as marcas do meu tempo

Meu desespero, a vida num momento

A fossa, a fome, a flor, o fim do mundo

Hoje

Trago no olhar imagens distorcidas

Cores, viagens, mãos desconhecidas

Trazem a lua, a rua às minhas mãos

Mas hoje

As minhas mãos enfraquecidas e vazias

Procuram nuas pelas luas, pelas ruas

Na solidão das noites frias por você

Hoje

Homens sem medo aportam no futuro

Eu tenho medo acordo e te procuro

Meu quarto escuro é inerte como a morte

Hoje

Homens de aço esperam da ciência

Eu desespero e abraço a tua ausência

Que é o que me resta, vivo em minha sorte

Ah, sorte

Eu não queria a juventude assim perdida

Eu não queria andar morrendo pela vida

Eu não queria amar assim

Como eu te amei

Ah, sorte

Eu não queria a juventude assim perdida

Eu não queria andar morrendo pela vida

Eu não queria amar assim

Como eu te amei

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