sexta-feira, 14 de abril de 2017

Emílio Santiago - Perfume Siamês

Perfume Siamês

Mas que prazer te rever, que bom te encontrar

Ah! Nesses anos a vida te fez remoçar

Não, não precisa fingir, nunca foi o teu forte fingir pra agradar

Pra mim o tempo passou, mas vamos sentar e sair da calçada

Sem colarinho e com fé, que é pra gente esquentar

Uma porção de filé e um conhaque do bar

Não, nunca vou me mudar, é a mesma casinha onde fomos morar

vê se vai me visitar, as coisas continuam no mesmo lugar

O salgueiro que você plantou

De chorar quase morreu, resistiu e cresceu

Mas o cão adoeceu, sentiu sua falta demais

E a roseira lá de trás, deu rosa e concebeu, sem espinhos uma flor

que tem seu cheiro e o meu.

Garçom me traga mais dois que é pra comemorar

Traz um traçado depois que é pro santo agradar

Não, não perdi a mania, ainda durmo fumando

Ainda queimo o colchão

Claro que lembro do dia, em que quase morri

E ninguém me acordava.

Nossos retratos de amor, eu não pude rasgar

Quando você se casou, pensei em me matar

Tua loucura foi tanta, casar por vingança só mesmo você

Mas não perdi a esperança

As coisas continuam no mesmo lugar

O salgueiro que você plantou

De chorar quase morreu, resistiu e cresceu

Mas o cão adoeceu, sentiu sua falta demais

E a roseira lá de trás, deu rosa e concebeu, sem espinhos uma flor

que tem seu cheiro e o meu.

Pede a conta, meu amor

E volta pro que é teu


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